terça-feira, 11 de novembro de 2008

Ausências

Do alpendre virado a poente vi morrer a tarde por de trás do arvoredo já verde, depois de meses pintado de negro. Tarde triste de sábado a ler e a apagar escritos velhos, cansados de esperar pelo dia que nunca surgiu, em que uma maior inspiração os pudessem melhorar. Por cada frase mais conseguida, tanta inépcia, tanta hesitação, tanta ingenuidade…. Tentativas vãs de vencer a inércia e voltar a colocar aqui alguma coisa. Mas se penso um dia revisitar-me, não posso deixar de expor hoje as minhas incapacidades.

2 comentários:

Unknown disse...

Quase que consegui ver a pintura, tal a qualidade do artista...
Como sempre, tanta beleza nos sentimentos mais tristes...

Para cima!!

Beijos e saudades

Seagul disse...

Se calhar fizeste mal em rasgar...
não te lembras do outro que com os escritos velhos ( e cá para mim, não muito bons!) editou um livro com o conteúdo da "gaveta de papeis"???
Antes alguma coisa do que nada!
Gosto de te "ver" onde quer que estejas... aparece mais por aqui, tá bem?
Beijinho. Gina