segunda-feira, 31 de março de 2008

Mais reflexos que reflexões!

Por curiosidade, por ócio, por sugestão de alguém, por qualquer outro motivo, ou por motivo nenhum, um dia resolvi ter um blog, e o blog apareceu. "Deus quer, o homem sonha, a obra nasce" escreveu um dia um génio português, quando teve a premonição do aparecimento deste blog.

Coisa simples, muito mais simples do que pensava, fazer nascer um blog. Basta seguir as ordens, ensinam-nos e obrigam-nos a saber fazê-lo desde muito pequeninos, ir carregando em botões e a coisa vai-se construindo por ela. Milagres da tecnologia... Milagre também é o que é necessário fazer para manter o blog vivo. É coisa difícil, muito mais difícil do que pensava.

Sem ser adepto da febre bloguista que se apoderou dos viajantes do ciber-espaço, e consciente de não ser possuidor de nenhuma das características necessárias para manter um projecto desta natureza com qualidade mínima, vi-me com a criança nos braços juntamente com todo entusiasmado de que se é possuído quando ao ver algo nosso a nascer. Tal como quando se tem um filho, o entusiasmo dos primeiros tempos vai dando lugar à dura realidade. Constatei com o filho e com o blog. Ou se consegue manter o entusiasmo, pondo amor em todas as tarefas rotineiras do dia a dia necessárias para lhe levar algum conforto e felicidade, ou o que tanto desejamos passa a ser mais um fardo na nossa vida. E infelizmente há tantos exemplos desses... mas não era de coisas sérias que eu queria falar.

Continuando...

Depois de algum tempo de paragem e alguma reflexão, continuo sem encontrar uma finalidade, uma justificação, para a existência do blog, mas, saltando despreocupadamente de incoerência em incoerência, porque só com elas a vida faz algum sentido, resolvi continuar. É que talvez no futuro encontre uma finalidade, uma justificação para tudo. Mesmo para aquilo que não faz sentido. Talvez até para a minha existência. Quem sabe...

sexta-feira, 7 de março de 2008

Verdades

Verdades...
Verdades e mais verdades!
Verdades para todos os gostos,
E todas feitas por medida.

Muitas logo inscritas,
Na pureza da infância.
Da escola e da religião,
Da pátria e da família...

Outras ainda gravadas,
Em jovem vitalidade.
Do grupo e do partido,
Do clube ou da etnia...

Mas muitas outras são nossas,
Vindas bem lá de dentro.
De vaidades e preconceitos,
De convicções e intolerâncias...

Se chegamos despidos de tudo,
E partimos sem nada vestido,
Por quê consumirmos a vida
Vestindo verdades inúteis?

quinta-feira, 6 de março de 2008

Palavras

Palavras pensadas

mas sempre travadas.

Palavras que rolam

Na mente inquieta.

Palavras tão lisas

De tanto rolar.

Palavras cansadas

De tanto esperar...

Palavras não ditas,

Mas que tudo diriam!!